segunda-feira, 22 de abril de 2019

Controle de Pragas - Nem tudo são flores em uma Horta Orgânica

Sabe aquele momento em que você se empolga com sua nova horta orgânica, linda, saudável? A horta tem mesmo essa característica de elevar a autoestima, além de proporcionar uma forma de se ter alimento livre de agrotóxicos em nossas mesas.



Mas (sempre existe um “mas”), nem tudo é maravilhoso no cultivo de ervas e hortaliças. É que algumas pragas cismam em tentar estragar nossa alegria levando nossas adoráveis plantas muitas vezes a morrerem repentinamente.


Para que você saiba como enfrentar essas destruidoras e conservar sua horta bela e produtiva, o “Hortas, Culturas e Quintais” de hoje vai mostrar quais as principais pragas e ensinar como fazer o controle biológico, sem lançar mão de qualquer produto químico.

Manjericão: uma das vítimas da larva minadora

Larva minadora




Começamos por um problema em uma erva aromática maravilhosa que, apenas ao ser tocada, libera um perfume característico e encantador. O manjericão (roxo ou verde) costuma produzir muitas folhas e faz a alegria de cozinhas e gourmets. Contudo, é muito comum que a planta seja atacada pela larva minadora. Essa praga é oriunda da mosca minadora, e age dentro das camadas sensíveis das folhas do manjericão. Você identifica com facilidade a infestação pela presença de um olho preto no centro da folha, que aos poucos vai se alastrando até matar a folhagem. O grande problema é que a infestação costuma se alastrar rapidamente para outras folhas sadias, e se não for controlado a tempo, a planta murchará e, por fim, morrerá. A solução, além do controle biológico por borrifação que comentaremos no final, é retirar todas as folhas afetadas, jogando-as fora no lixo longe da planta. Portanto, é preciso paciência e retirar folha por folha afetada pelo problema.

Ovos de borboleta


Quem não gosta de comer aquela deliciosa couve à mineira? Mas a couve possui um inimigo que pode ser implacável, se não for controlado a tempo. Trata-se das largatas, vorazes, insaciáveis. Alguns tipos de borboletas têm uma atração especial por esta hortaliça. A partir dos inúmeros ovos postos, geralmente na parte inferior das folhas da couve, com extrema rapidez as primeiras minúsculas larvas logo surgem, e não param de comer, até chegarem à fase de transformarem-se em pupas. Por conta de sua suculência, as flores da couve rapidamente são dizimadas por estas pragas, não deixando folha sequer para ser levada à cozinha!

Vorazes, velozes e furiosas largatas!


Além do controle visual e manual, é interessante manter bebedouros de pássaros nas proximidades da horta, pois os pássaros são inimigos naturais das largatas. Aqui, a solução é idêntica à aplicada ao manjericão. As folhas precisam ser limpas de todas as destruidoras imediatamente. Mate-as sem dó, para que não tornem a infestar suas verduras. Essas informações valem também para o brócolis, couve-flor, repolho e outras hortaliças semelhantes.



Cochonilhas


Ricos em licopeno e um alimento formidável, especialmente para a saúde do homem, os tomates costumam fornecer cores vibrantes à horta. Os frutos do tomateiro são cobiçados por muitos gourmets, já que o produto vendido em feiras comuns costuma ser um dos campeões no uso de venenos agrícolas. Mas em casa, esse risco é zero, se produzido de forma correta sem a utilização de produtos químicos. Contudo, a cochonilha pode acabar com esta festa!

Cochonilhas: estrago à vista!


Com a aparência de bolinhas esbranquiçadas de algodão, o inseto rapidamente ataca os brotos e folhas do tomateiro, causando um desastre sem fim à plantação. O controle visual é primordial para que você consiga identificar o problema em seu início e tomar as medidas necessárias. Uma delas e ter uma pequena escova de dentes velha, separada especialmente para essa finalidade, e escovar as folhas, retirando o inseto com muito cuidado, já que os brotos do tomateiro são extremamente sensíveis. A praga retirada deverá ser destruída e jogada no lixo, longe da planta. Se durante a escovação algum inseto cair na terra, retire-o e mate-o, pois do contrário, ele subirá de novo na hortaliça.

Caracóis e lesmas: dupla do barulho!


Lesmas e caracóis costumam atacar jardins e hortas sem piedade. Vorazes, agem silenciosamente e devem ser retirados assim que surgem. É possível identificar o causador do estrago pelo rastro brilhante deixado em sua passagem. Se este for o problema em sua horta, pulverize regularmente as folhas com uma mistura de água e sabão neutro. Além disso, é possível fazer armadilhas, colocando recipientes rasos com cerveja estrategicamente colocados a fim de atrair essas pragas e matá-las por afogamento. O sal grosso também pode ser usado no entorno da plantação.

As organizadas formigas cortadeiras


Além das pragas já mencionadas, é preciso não esquecer as formigas cortadeiras, que podem atacar invariavelmente qualquer tipo de planta, seja hortaliça ou ornamental. Esses insetos são extremamente organizados e insistentes. Em poucas horas, podem causar um estrago sem precedentes. Entendemos como cortadeiras algumas variedades, como as saúvas e as quenquéns. Uma bela dica ecologicamente correta é usar a mistura de pão, gergelim e vinagre que informaremos a seguir nos métodos de controle de pragas.


Para as formigas cortadeiras:

·         Pão velho duro; gergelim preto; vinagre.

Modo de preparo: Rale um pão velho endurecido em uma vasilha, junte 100 gramas de gergelim preto e um litro de vinagre. Faça uma massa pastosa com a mistura. A seguir, faça pequenas bolinhas do produto. Espalhe essas bolinhas nos principais pontos da horta.

O que acontecerá? As formigas serão atraídas pela mistura e levarão a isca para o formigueiro. A ação do vinagre no organismo do inseto é a responsável pela morte do mesmo. Além disso, o gergelim provocará a fermentação nas larvas das formigas, matando-as também.

Para as cochonilhas e a larva minadora do manjericão:

·         Água, hortelã, alho, álcool, pimenta-do-reino em grãos, talos e folhas do targete.

Alternativa 1: Ferva um maço de hortelã em água, coe e coloque no borrifador.
Alternativa 2: Bata 5 dentes de alho no liquidificador com um litro de água. Deixe a mistura descansando por 2 dias. Coe e acrescente 250 ml de álcool e junte alguns grãos de pimenta-do-reino. Coloque no borrifador.
Alternativa 3: Bata talos e folhas de targete em um litro de água, coe e coloque no borrifador.

A borrifação deve ser feita uma vez por semana, como método preventivo.



Borrifação


Para as largatas:

·         Água, Fumo, álcool.

Modo de preparo: Deixe um pedaço de fumo de rolo em infusão em água por pelo menos 3 dias. Coe e junte meio litro de álcool. Coloque a mistura no borrifador.

Função do álcool: Em alguns desses métodos, o álcool foi usado como fixador do produto nas folhas das hortaliças.


Outras dicas de controle de pragas:


Algumas plantas funcionam como excelentes controladores de pragas. Exemplo: Targete, Crisântemo (que podem ser plantados em locais estratégicos da horta). Não esqueça também dos pássaros e joaninhas (que são inimigos naturais de muitas pragas).

Armadilha com cerveja para caracóis e lesmas

Targete
Ajuda que vem do alto


Lembre-se: Uma horta saudável precisa ser inspecionada periodicamente.

Algumas fontes das imagens usadas: Verde de Casa, Agrolink, Dreamstime e Nedmed.

Não se esqueça de acompanhar também nosso texto sobre os benefícios da horta urbana na alimentação saudável postado anteriormente.


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Ele Beija as Flores, Mas Tem Suas Preferências


Beija-flor e helicônia [Fonte: Pexels]


Quem nunca se encantou com o voo de um beija-flor que atire a primeira pedra! Esses pássaros, geralmente diminutos e de coloração brilhante, rapidíssimos e que conseguem bater suas asas em velocidades inimagináveis, habitam o imaginário de poetas e pessoas que, com um olhar diferenciado, conseguem perceber que a ave, seu voo, sua aparência e sua elegância nos conduzem a um estado de estupefação.

O “Hortas, Culturas e Quintais” de hoje volta ao tema das flores e decidiu conhecer algumas espécies vegetais, cujas flores teimam em atrair essas joias aladas. Essa atração se dá por conta da necessidade de néctar que a ave tem e que torna a busca por alimento um ritual incessante. Afinal, esse bater de asas em velocidades altíssimas demanda uma enorme perda de energia e, consequentemente, a necessidade de ir de flor em flor. A dieta da ave é complementada com pequenas aranhas e insetos.

Cor vibrante da helicônia


O privilégio de ter essas aves no jardim depende da escolha certa das plantas. Começamos com uma planta resistente e que produz flores que, além de atrair beija-flores, serve muito bem para ornamentação em vasos. A helicônia-papagaio – Heliconia psittacorum – tem origem sul americana e chama a atenção por sua coloração coral viva ou às vezes, amareladas. As folhas são largas e firmes. As pontas das pétalas possuem estrias escuras, conferindo à flor uma aparência inusitada. Uma dica é retirar as folhas mortas e os pendões ressecados. Isso dará mais força à planta. Propaga-se naturalmente através de bulbos entouceirantes.

Ixora: fácil manejo


ixora (Ixora coccinera) é “figurinha fácil” em muitas casas e jardins públicos Brasil afora. Isso por conta de seu fácil manejo, requerendo pouquíssimos cuidados, e a abundância de floração durante todo ano. Ocorre em diferentes colorações e os pendões terminam em uma espécie de buquê com pequenas rosetas. Tem origem na Indonésia e Malásia. Detalhe: não resiste a geadas muito intensas.

O exótico lírio-tocha [Fonte: Toca do Verde]


Lindo e curioso, o lírio-tocha (Kniphofia uvaria) é de origem africana – mais precisamente do sul do continente – e floresce em hastes altas compostas por inúmeros tubos, ideais para o trabalho do beija-flor em sua busca por alimento. É planta perene, ou seja, vive bastante, e a coloração das flores varia do amarelo ao vermelho. Sua floração se dá na primavera e verão.

A quaresmeira pode chegar a 12 m


quaresmeira (Tibouchina granulosa) é outra espécie da América do Sul e possui muitos fãs. E não é para menos, pois suas flores arroxeadas conferem um efeito muito agradável ao jardim. Necessita de algum espaço, já que pode chegar a 12 metros de altura. A fim de evitar esse crescimento, é possível promover podas para deixar a planta com o aspecto de arbusto.

Festa para os beija-flores: russélia


Antes de florir, a russélia (Russelia equisetiformis) nem chama tanto a atenção, com suas folhas em forma de finas lanças. Contudo, se bem cuidada e plantada no local ideal, floresce abundantemente durante quase todo ano, apresentando uma aparência singela e bonita. Sua pequenas flores tubulares vermelhas atraem bastante os beija-flores. Tem origem norte americana e é de fácil cultivo. É preciso um controle especial quanto ao grande número de mudas, pois pode se tornar uma planta invasiva. Muito utilizada em sacadas e pendentes em varandas, já que os galhos tendem a formar uma espécie de véu.

Tecomária [Fonte: Viveiro Florestal]


A natureza dotou a tecomária (Tecoma capensis) com um formato ideal para atrair essas aves. Os pendões apresentam flores avermelhadas viradas para direções diferentes, facilitando o trabalho dos beija-flores. É originária da África e tem forma arbustiva, podendo ser direcionada para treliças, cercas e muros. Em clima frio, perde suas folhas.

A trepadeira-esqueleto pode ser invasiva [Fonte: Flores & Frases]


Outra planta aérea, a esqueleto – Ipomoea quamoclit – é uma trepadeira vistosa, com folhas cujos formatos dão origem ao nome, e flores estreladas. Originária da América do Sul e Central, é de fácil cultivo e manejo, sendo até rústica. Mas preste atenção para fazer o controle de crescimento, pois pode se tornar facilmente uma planta invasiva.

Verbena [Fonte: Encyclopedia Britannica]


Verbena hybrida (verbena, camaradinha) adora ambientes ensolarados, onde produz inúmeras pequenas flores vermelhas (principalmente). Oferece um grande efeito ornamental, sendo uma planta muito popular em vasos e jardins. Embora seja perene, costuma perder o vigor com o passar do tempo. Mais uma espécie originária da América do Sul.

Comum e estiloso: hibisco


Terminamos com uma planta supercomum e de fácil manejo. De floração abundante durante todo ano, o hibisco (Hibiscus rosa sinensis) tem origem na Ásia e conquistou o Brasil com suas múltiplas cores. Pode ser usada como cerca viva, plantada em vasos ou solitária em jardins espaçosos, onde alcança quase 2 m de altura. Existem até colecionadores que experimentam variedades híbridas de tamanhos e cores variados.

Um jardim sempre traz bem-estar, sossego, e produz momentos de reflexão. Assim como os assuntos abordados no “Hortas, Culturas e Quintais”, as plantas e flores são múltiplas em suas cores, formatos e funções, atraindo nossa atenção, trazendo energia positiva.


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Flores que Encantam e Podem Matar!

O “Hortas, Culturas e Quintais” dessa vez entra no jardim e se impressiona com tamanha quantidade de formas e cores. Contudo, descobre que, além da beleza estonteante, algumas flores guardam um segredo que vai além do que os olhos podem ver. Veremos a seguir alguns exemplos de flores que, embora lindas, possuem veneno suficiente até para matar!

Linda e perigosa Rosa do Deserto [Foto do autor]


Ela é pomposa, charmosa, delicada, e atrai com seu roseado sem igual. Floresce em abundância, e seu caule apresenta formas curiosas que muitas vezes lembra o corpo humano. A rosa do deserto (Adenium obesum) possui em suas folhas, caule e flores um elemento extremamente tóxico que demanda cuidados especiais dos seus cultivadores (uso de luvas, por exemplo). Cuidados necessários, já que a comercialização da planta envolve valores bem altos em se tratando de um vegetal. Isso se deve ao seu grande valor ornamental. Alguns povos africanos usam a infusão da planta na ponta da lança durante a caça. Não é aconselhável tê-la em ambientes com animais e crianças.

Hortênsia em seu esplendor [Fonte: PDP]


Muito apreciada por sua beleza e profusão de rosetas, a hortênsia (Hydrangea macrophylla) requer muita atenção em seu cultivo. Isso porque produz glicosídeo, um elemento que, se absorvido em demasia, pode levar ao coma e, posteriormente, à morte. Os sintomas do envenenamento incluem diarreia, dores de cabeça, fortes dores abdominais antes de um desfecho trágico, caso não seja procurado ajuda médica urgente. O veneno, inclusive, obstrui a distribuição de oxigênio no sangue.

Rododendro, parente da Azaléa [Fonte: PDP]


O coração pode não resistir ao envenenamento pelo rododendro (Ericaceae), já que os sintomas podem ir desde distúrbios digestivos a bradicardias e arritmias. E atenção! Pertencente à mesma família, a azaléa é igualmente perigosa se ingerida. Mas quem pode resistir à sua beleza e variedade de cores, que vai do branco ao vermelho?

Todo cuidado é pouco com o Oleandro! [Fonte: PDP]


O sentido exato da palavra mortal pode ser traduzido por um único nome: oleandro! Essa bela flor (Nerium oleander), que tem origem no norte da África, Mediterrâneo e sul da Ásia, floresce de junho a outubro e possui coloração que vai do branco ao vermelho. Se ingerida, uma única folha é capaz de levar a óbito, tamanha sua toxicidade! Os responsáveis por esta condição são a oleandrina e a neriantina, elementos que estão presentes em toda planta. Dores abdominais, vertigens, diarreia, coma e morte é o trajeto fatídico da vítima de envenenamento por esta beleza singular.

Singelo, o Lírio-do-vale pode causar convulsões! [Fonte: PDP]


O nome é singelo, e também identifica inúmeras plantas conhecidas. Mas essa específica, além de linda, é uma catástrofe para aqueles que a ingerem. O lírio-do-vale (Convallaria majalis) apresenta pequenas rosetas em forma de sinos delicados e é todo tóxico, principalmente a raiz. Seus estragos são enormes, prejudicando principalmente o coração. Mas até o desfecho final, a vítima sofre muito com dores, salivação, bradicardia, convulsões e arritmia.

O coração é a principal vítima da Flor-da-fortuna [Fonte: PDP]


Flor-da-fortuna, erva-da-costa, coerana, não importa. Trata-se da perigosa Kallanchoe spp, que atrai muitos apreciadores de suas pequenas flores de múltiplas cores e de fácil manejo. Muito comum em supermercados e floriculturas, a planta é toda tóxica, e, se ingerida, interfere radicalmente no funcionamento cardíaco. Os animais costumam ser vítimas frequentes da espécie.

O bem e o mal residem na Dedaleira! [Fonte: PDP]


Para o bem e para o mal. É assim a vida da dedaleira (Digitalis purpurea) e seus pendões múltiplos com sinos arroxeados. A explicação é que a digitalina presente na planta, em pequenas quantidades, é usada para tratar certos problemas cardíacos. Mas (sempre existe um porém) em excesso, tem o efeito inverso, podendo levar a vítima a um ataque cardíaco fulminante que não deixa vestígios da causa do óbito!

Em forma de coração, o Antúrio pode causar asfixia! [Fonte: PDP]


Quem não tem ou teve em casa um antúrio (Anthurium), com suas folhas brilhosas e flores em formato de coração? Pois fique sabendo que sua toxicidade é alta, podendo levar à dificuldade de deglutição e asfixia. Por este motivo não é recomendada para ambientes com crianças e animais domésticos.

Bem que a Acácia poderia se chamar Ardilosa! [Fonte: PDP]


E encerrando nosso passeio por este jardim, digamos, singular, vamos falar sobre a ardilosa acácia (Acacia). A espécie produz pendões com flores que se assemelham com pequenos pompons coloridos. Mas por que ardilosa? A planta, comum nas savanas africanas, serve de alimento para inúmeros animais. Contudo, uma vez tendo suas folhas atacadas, é liberado etileno gasoso, que funciona como uma espécie de alarme para as demais acácias da região. Estas liberam no ar tanino em grande quantidade, formando um ambiente extremamente mortal aos animais que dela se alimentam.

Portanto, olho vivo em algumas plantas que embelezam nossos jardins, mas que requerem um cuidado muito especial!


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James Bond Ainda Tem Fôlego?

Desde sua primeira aparição nas telas em 1962 em “O satânico Dr. No” até o último “007 Contra Spectre” (2015), muita água rolou por baixo dessa ponte, entre tiros certeiros, mulheres estonteantes e ação, muita ação.

[Fonte:The James Bond 007 Dossier]


O escritor Ian Fleming, autor que criou o personagem, não poderia imaginar que sua trama poderia se transformar numa franquia de sucesso como a série do agente secreto sempre a serviço de Sua Majestade. O “Hortas, Culturas e Quintais” pega sua pipoca e refrigerante e entra pelo mundo maravilhoso do cinema mais uma vez!

O que muita gente talvez desconheça é que o primeiro livro de Fleming com o personagem foi lançado em 1950, quando foi publicado o livro de bolso “Casino Royale”. Portanto, levou um bom tempo para que os textos de Ian fossem explorados pela indústria cinematográfica.

Durante essas décadas, o personagem parece desconhecer os efeitos da passagem do tempo, pois tem demonstrado fôlego impressionante ao sobreviver no competitivo mercado cinematográfico.

[Fonte:Adoro Cinema]


Seu primeiro James Bond foi Sean Connery, na época um garotão, que esbanjava vigor físico ao se arriscar diante de vilões inescrupulosos, como Goldfinger (007 Contra Goldfinger, 1967), ou situações perigosas, como o embate contra a organização SPECTRE, que simplesmente queria mandar Miami pelos ares em “007 Contra a Chantagem Atômica”.

[Fonte: Freepik]


Connery deu lugar ao ex-modelo George Lazenby, que participou apenas de um filme (“007 A Serviço de Sua Majestade”) de 1969, sendo substituído por Roger Moore. Este se notabilizou por apresentar um personagem galanteador, irônico, sempre cercado por mulheres estonteantes (as Bond Girls), fossem elas mocinhas ou vilãs. Alguns filmes de grande impacto nesse período de Moore foram “Com 007 Só se Vive Duas Vezes” e “007 – Viva e Deixe Morrer”.

Pierce Brosnan e Timothy Dalton também encarnaram o agente do MI-6 britânico, sem grandes impactos.
A grande virada mesmo na franquia foi a estreia de Daniel Craig em “Casino Royale”, 2006. Essa visão é reforçada pela mudança de atitude de Bond. Agora, um valentão que tanto bate quanto apanha, sangra muito, e é extremamente audacioso (chegou a roubar a senha de sua chefe M para acessar informações confidenciais do serviço secreto). A partir daí, a intenção era idealizar o menos possível o personagem, transportando-o o quanto possível para o mundo real (se é que isso é possível em se tratando de 007). 

O fato é que Craig deu um novo ímpeto à franquia de Albert Brocolli, participando de tramas que têm uma correlação delicada umas com as outras. É possível reparar que a partir de Casino Royale, os personagens são sempre relembrados no filme seguinte, mostrando que a intenção é mesmo criar na mente do cinéfilo uma linha tênue entre as tramas. Veja aqui algumas das célebres aberturas dos filmes.

No último, por exemplo, Bond se vê às voltas mais uma vez com a organização criminosa SPECTRE, e encara definitivamente o bandidão Blofeld, que já o havia perturbado inúmeras vezes no passado. No filme temos, a exemplo dos dois anteriores, menções ao nome de Vesper Lynd, a mulher que foi capaz de cativar o coração do agente britânico em Casino Royale.


[Fonte:Observatório do Cinema]


Após algumas especulações de que Craig não quisesse mais vestir o smoking de 007, recentemente tivemos uma declaração do ator dando conta de que interpretará o personagem até onde puder e for convidado. A julgar pelo estrondoso sucesso dos últimos filmes, fôlego é o que não falta ao agente, e teremos de novo nos próximos filmes Daniel Craig como Bond, James Bond.

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O Fascínio do Café

Somente quem é amante de um bom café conhece o fascínio que exerce a fumaça saindo de uma xícara contendo o precioso líquido. Parece tolice, mas para nós, a simples visualização deste vapor nos conduz, quem sabe, à possibilidade de um dia produtivo à frente, novas ideias, puro prazer, ou de apenas poder degustar uma bebida que, para muitos estudiosos, requer a perícia de um artesão no seu preparo.

[Fonte: Freepik]


Pouco importa que a iguaria tenha sido utilizada pela primeira vez pelos etíopes há centenas de anos, ou que sua primeira utilização tenha ocorrido porque sua ingestão deixava os animais mais “espertos” e ágeis. O que realmente faz sentido é que, devido ao sabor marcante e inebriante da bebida, o número de cafés (lojas especializadas em servir o líquido escuro nas mais variadas formas) tenha aumentado significativamente nas últimas décadas. Veja este gráfico de consumo do café em todo mundo.


Com o passar dos anos, fomos levados a acreditar firmemente que os doutores maometanos bem que estavam certos ao entenderem que a bebida fazia bem à digestão, alegrava o espírito, e afastava o sono – naqueles que, por alguma circunstância, precisavam ficar atentos para exercerem alguma atividade.

[Fonte: Freepik]


Tá, a bebida é uma delícia! Mas e as vantagens em tomá-la? Existem?

Não é que o danado possui uma série de vantagens? Muitas pesquisas têm sido feitas com o líquido preto, e elas dão conta de que, se consumida moderadamente, a bebida pode trazer ganhos para a saúde. Eis algumas vantagens:

. Ajuda a melhorar o estado de espírito, ou seja, dá um ânimo para que possamos realizar com mais atenção e vigor nossas atividades. Combate a depressão, reduz as chances de demência, aumenta a concentração.

[Fonte: Freepik]


. Acelera o metabolismo e auxilia na perda de peso, sendo também um diurético natural.

. Atrasa o envelhecimento, tem poder anti-inflamatório, e auxilia a saúde do coração e previne a diabetes.

. Mantém os níveis de colesterol baixos por conta de suas fibras e diminui os riscos de se desenvolver pedras nos rins, cirrose e Parkinson.

. Um estudo da Harvard Medical School dá conta de que o café diminui o risco de se desenvolver diabetes tipo 2. A renomada instituição, aliás, vira e mexe, está pesquisando esta bebida maravilhosa.

Essas são apenas algumas vantagens comprovadas por estudos. Como se não bastasse, existe uma corrente atual que utiliza a bebida adicionada com uma pequena porção de óleo de coco como meio de se manter a forma.

Por tudo isso, é bom vermos o café com outros olhos daqui por diante!




Afinal, é impossível pensar em Paris sem seus famosos cafés. Ou em começar o dia sem se deixar encantar pelo aroma convidativo de um bom cafezinho! 

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Óleo de Coco - Medalha de Ouro no Quesito Saúde!

De repente, o comércio começou a oferecer, em pequeníssimos potes, o produto que muitos especialistas do Brasil e exterior garantem ser uma preciosidade para a nossa saúde. O óleo de coco, ainda muito caro para a maioria da população, pode e deve ser feito em casa, com todas as garantias de qualidade. Ao final, vou relatar o que se sabe a respeito dos seus benefícios.
Imagem: Óleos para Tudo


O “Hortas, Culturas e Quintais”, então, entra na cozinha hoje para mostrar, passo a passo, como produzir o precioso produto. Garanto que vale a pena!

Ingredientes: 3 cocos (verdes ou maduros), 2 litros de água filtrada [varie essas quantidades de acordo com suas necessidades].

Equipamentos: 2 potes grandes de vidro, escorredor de macarrão de furos finos, peneira.

Modo de fazer:
Após descascar os cocos, a polpa se soltará mais facilmente se você colocar o coco inteiro sobre o queimador do fogão por uns 2 minutos cada lado. Depois disso, retire a polpa e separe em uma vasilha (não precisa descascar a polpa).

Cocos levemente queimados no fogo para soltar a polpa
Polpa cortada para ser processada.


Corte a polpa em pedaços pequenos para facilitar a trituração (Dica: use um processador para fazer um trabalho prévio de trituração). Em um liquidificador, bata a polpa com parte da água. A cada batida, despeje o conteúdo em uma vasilha grande. Quando terminar de bater tudo, você terá uma grande quantidade de líquido leitoso, mas ainda com a polpa processada misturada.

Passe esse líquido aos poucos em um escorredor de macarrão (ou arroz) que tenha os furos bem finos para evitar que passe uma grande quantidade de polpa. Vá separando a polpa coada em uma vasilha.


Polpa processada passada no escorredor de macarrão
Se quiser, ao final do processo, você pode retornar a polpa para o liquidificador com parte do leite coado, garantindo que você irá extrair o máximo do coco (o óleo se encontra misturado justamente nesse líquido leitoso).

Após passar tudo de novo no escorredor e separar a polpa, lave bem as mãos e peque a polpa em grandes punhados, conforme mostra a foto abaixo, e esprema, dentro do escorredor, o máximo que puder, a fim de extrair todo líquido da polpa.

Final da polpa sendo espremida


Feito isso, você terá uma grande quantidade de polpa sem líquido, bem seca, que poderá ser guardada para fazer cocadas ou outros pratos que levem polpa de coco.


Polpa final
Deliciosas cocadas feitas com a polpa final

O líquido obtido ainda precisa passar por uma peneira de cozinha, a fim de retirar o restante de polpa que ainda reste no leite. Feito isso, você já tem o líquido final que dará origem ao óleo de coco. Aqui, uma informação muitíssimo importante: o líquido final, que dará origem ao nosso óleo, conterá pouquíssimos vestígios do bagaço do coco. Se você optar por usar o óleo dessa forma, deve ficar atento para conservá-lo refrigerado, pois os resíduos do coco podem mofar todo o óleo. Para evitar isso, passe todo o leite final em um pano de tecido que não solta fiapos. Só então, passe para a etapa abaixo.

Potes com o líquido final após peneiragem

O líquido então deve ser colocado nos potes de vidro fechados cuidadosamente. Dica: os vidros devem ter a boca larga para que você possa retirar com facilidade o óleo no final do processo.


Os vidros cheios com o leito de coco deverão ser guardados em local escuro e de pouco acesso. Um armário pouco aberto, por exemplo, pode servir para guardar os vidros, que deverão permanecer ali, sem serem mexidos, por 24 horas.

Vidros em armário escuro

Ao final desse período, já será possível ver certa separação do líquido. Os vidros deverão então ser colocados na geladeira e deixados intactos por, pelo menos, 8 horas. Nesse tempo, ocorrerá a solidificação do óleo na superfície do líquido.

Vidro após ir à geladeira

Com uma faca longa, faça um recorte no óleo endurecido na superfície e retire uma pequena fatia, a fim de poder drenar todo o líquido que se formou na base. Esse óleo solidificado na superfície tem coloração esbranquiçada que lembra muito a gordura vegetal.

Placas de óleo de coco retiradas do vidro

Com todo o líquido drenado, você já pode retirar o óleo em pedaços e colocar em vidros especialmente separados para conter o óleo de coco. Eu utilizo vidros de geleia ou de azeitonas, que servem bem para isso.

Óleo colocado no vidro definitivo

O óleo de coco, nesse estado, pode ser guardado fora da geladeira sem problemas (lembre-se do que eu comentei sobre os resíduos do coco e de como retirá-los, se você quiser). Agora é só aproveitar o precioso produto em sua cozinha, quer para temperar o arroz, feijão, ou na preparação de bolos e tortas.

Dica: Para quem gosta de café, uma pequena colher de chá na bebida quente garante um sabor inigualável!

Os vidros contendo o óleo ainda solidificados podem ser colocados no micro-ondas por cerca de 30 segundos a fim de tornar o produto liquefeito (com aquela aparência de óleo vegetal).

Esquerda: Óleo ainda no vidro com o soro. Direita: Óleo pronto e liquefeito no micro-ondas

Mais uma dica: Tome todos os dias pelo menos uma colher de chá do óleo!

E por que todo este estardalhaço com o óleo de coco?

Segundo pesquisas sérias, o óleo de coco age em inúmeras frentes, mas um dos maiores benefícios está no sistema cardiovascular. Ele consegue reduzir os níveis de colesterol com enormes vantagens para o organismo, pois mesmo se aquecido, não perde suas propriedades benéficas (outros óleos aquecidos tornam-se inadequados para a saúde).

Favorece o sistema imunológico e ajuda no emagrecimento. Possui ácido láurico, capaz de combater infecções e bactérias nocivas à saúde. Lembramos que muitos desses benefícios só são possíveis com atividades físicas e alimentação saudável.

Saiba mais a respeito das características do óleo de coco clicando aqui.


Uma última lembrança do “Hortas, Culturas e Quintais”: O que ensinamos aqui é como fazer o óleo de coco sem conservantes e num processo artesanal, que garante como resultado o óleo de coco extravirgem. Nos supermercados temos também a variedade processada, que não tem os mesmos benefícios que o que ensinamos aqui. Portanto, aproveite a dica e viva com saúde! E não esqueçam de comentar se gostaram da matéria!

Naturismo, turismo & vida saudável

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